Hoje em dia já não sofremos mais como antigamente. O mundo mudou, as relações mudaram, a organização do trabalho se transformou. Se, nos últimos séculos, o direito à vida, à saúde física e ao descanso foram pautas que transformaram o mundo, adentramos o novo século enfrentando os novos desafios que as relações de trabalho nos apresentam, e eles agora dizem respeito à nossa saúde mental. Por isso, acreditamos que é urgente estendermos a nossa batalha para um campo além do corpo e avançarmos sobre as questões da mente.
O trabalho hoje enlouquece: burnout, estresse, ansiedade, angústia, medo, insatisfação, somatizações, suicídio. Estamos em sofrimento!
Por isso, uma cultura PSI – Psicológica, Psicanalítica e até mesmo Psiquiátrica – precisa se desenvolver e ganhar os fóruns de debate mundiais em nome do nosso equilíbrio mental e das boas relações. Precisamos superar os estigmas, derrubar os tabus e falar sobre o nosso mundo interno, a nossa subjetividade.
Precisamos cuidar do nosso equilíbrio psicológico não porque somos ou estamos desequilibrados, mas porque todos nós temos sofrimentos.
Precisamos dar voz às nossas idiossincrasias, às nossas pequenas e grandes loucuras. Não haveria loucura maior na vida do que passar uma vida inteira a repetir comportamentos que nos causam sofrimentos e sem saber o porquê disso.
Precisamos superar aquele preconceito que diz que só o louco vai ao Psi… porque o que está em jogo é a nossa felicidade, o nosso bem-estar, a nossa paz de espírito, a nossa relação com a gente mesmo, com as pessoas que a gente ama, trabalha ou convive, a nossa relação com o mundo.
Precisamos cuidar do que nos faz bem. Cuidar do nosso psiquismo é cuidar do tecido da nossa vida e da nossa força produtiva.
O que está em jogo é o nosso futuro, pois sem o desenvolvimento de uma sensibilidade empática e em nome da produtividade meramente material estamos envenenando o planeta e as nossas relações.
Junte-se a nós na difusão da #CulturaPsi.
Você não está só!